Metodologia
Área de Conhecimento: Informática;
Área Temática: Inclusão Social e Digital;
Título: Programa de Inclusão Digital para Melhor Idade.
Este projeto propõe a participação de 80 idosos com idade a partir de 60 anos, tendo como requisito mínimo para frequentar o curso a alfabetização. O curso de Informática Básica para Melhor Idade deverá ocorrer nos laboratórios de informática da UNIFACS Campus Feira de Santana e terá duração diária de 3 horas, ocorrendo simultaneamente duas turmas uma nas quartas-feiras, durante o dia, e outra aos sábados pela manhã.
Primeiramente haverá a formação dos dois grupos distintos, sendo que a formação e distribuição desses grupos ficarão a carga da Coordenação do Centro de Convivência D. Zazinha Cerqueira. Cada um dos grupos contará com 20 participantes, que irão trabalhar individualmente por computador. Propõe-se o desenvolvimento deste projeto por um período de um ano, atendendo no primeiro semestre a um grupo de 40 idosos, sendo 20 em cada um dos dois grupos e no segundo semestre mais 40 idosos com a mesma estrutura de distribuição, perfazendo um total de 80 idosos a serem inseridos no mundo digital.
Esses quatro grupos de idosos, por meio dos trabalhos a serem desenvolvidos pelos estudantes do curso Sistemas de Informação, terão a disposição no laboratório durante o desenvolvimento do curso três estudantes, sendo um responsável pelo desenvolvimento do mesmo e outros dois que terão o papel de monitoria auxiliar junto aos idosos. Assim sendo, o projeto deverá contar com um grupo de seis estudantes atuantes e uma coordenação geral do projeto.
Os alunos monitores entram no projeto com a função de dar mais segurança e atender melhor os idosos.
O curso de Informática Básica para a Terceira Idade compreende cerca de 60 horas/aula por turma, com um encontro com duração de 3 horas/aulas. A equipe técnica que acompanhará o projeto é composta por uma professora Coordenadora Geral e seis estudantes voluntários do curso Sistemas de Informação.
Para registrar os problemas de acessibilidade relatados pelos idosos durante o projeto, utilizaremos máquina fotográfica, anotações manuais e questionários com perguntas abertas e fechadas. Todos esses instrumentos terão a anuência dos participantes, formalizada por um termo de consentimento livre e esclarecida devidamente assinada no momento da inscrição para o curso.
Assim, a adoção da pesquisa-ação (THIOLLENT, 1998) neste projeto se dará pela flexibilidade nas adequações sucessivas aos acontecimentos, favorecendo e legitimando o processo de observação durante a realização do projeto.
Convém salientar que neste projeto não participarão idosos com severas deficiências visuais, auditivas, cognitivas, fisiológicas, psicológicas ou motoras, mas apenas com leves declínios decorrentes da idade.
Neste projeto, trabalharemos a aprendizagem por grupos que frequentam um mesmo Centro de Convivência para facilitar a comunicação entre os aprendizes-idosos, devido à aproximação de linguagem, ritmo, e história de vida. Esta aproximação entre os idosos aprendizes proporcionará aos participantes mais segurança para desenvolverem as atividades oferecidas.
De acordo com Thorton (2006), existe uma série de fatores sociais e psicológicos que podem influenciar a participação dos idosos em programas educacionais e nas atividades de aprendizado:
Idosos gostam de atividades de aprendizagem que incentivam a abertura e o compartilhamento, ambos essenciais à satisfação do participante;
Idosos gostam de programas e atividades que estimulem o seu interesse pela sociedade e forneça discussões significativas nas quais possam expressar suas ideias e pontos de vista;
Idosos querem atividades que respeitem suas limitações físicas de visão, audição e de mobilidade e minimizem as barreiras de tempo, local e custos.
Nesse sentido o projeto buscará atender as demandas dos idosos buscando identificar suas necessidades, adequando a proposta de modo a proporcionar ao idoso o acesso aos meios digitais promovendo a inclusão e a cidadania.
